Para exportar, é necessário ter consciência sobre alguns fatores que norteiam a sua empresa, como, por exemplo, a saúde financeira, a documentação necessária, entre outros.
Resumidamente, é necessário que a empresa compreenda de maneira aprofundada todos os processos e passos para exportar.
Nesse post serão elencados em forma de tópicos os principais passos da exportação para saber se seu negócio está estruturado para tal. Então, se você quer conhecê-los melhor, continue conosco.
1. Diagnóstico
Um dos primeiros passos para exportar é reconhecer se sua empresa tem condições reais para realizá-la. Dessa forma, pode-se elaborar um diagnóstico autocrítico pautado nos seguintes princípios:
-Motivação para se internacionalizar (de natureza pessoal/ de equipe, de mercado e do produto)
– Operação internacional
– Experiência acumulada
– Produto adequado disponível
– Expectativa adequadas
– Informação disponível
– Capacidade de preço razoável
– Barreiras existentes
– Envolvimento da equipe de gerenciamento
– Recursos disponíveis
2. Controle/ Saúde Financeira
Realizar um controle financeiro é primordial para manter a longevidade do seu negócio. Mas, mais do que isso, ele é importante para garantir seu processo de internacionalização. Tal procedimento consiste em analisar a situação financeira da empresa por meio de relatórios como fluxo de caixas, entradas e saídas, gastos, capital de giro, liquidez e investimentos, garantindo mais segurança e previsibilidade. Isso porque, ele permite que gestores e empreendedores tomem decisões mais compatíveis com a realidade do empreendimento, por meio da previsão de despesas e receitas futuras, com base nos indicadores de períodos anteriores. Além disso, também é possível identificar o melhor momento para expandir ou limitar o volume dessas operações por meio da análise da saúde financeira.
3. Documentação
Esse passo é essencial para realizar os trâmites aduaneiros, tanto no que tange o quesito da legalidade, quanto para a segurança do procedimento. Também é uma boa estratégia para prever os gastos e elaborar um mecanismo para obter uma margem de lucro favorável.
Em geral, é necessário identificar se sua empresa não apresenta pendências fiscais, além de analisar de forma detalhada, os documentos a seguir:
-Fatura Comercial: contrato final, exigido pela Receita Federal, que evidencia a operação de compra e venda entre o importador e o exportador.
-Fatura Pro forma: documento inicial da negociação que fornece detalhes da operação de compra e venda.
-Declaração Única de Exportação: documentação, emitida pelo Siscomex, com informações de viés aduaneiro, financeiro, comercial, administrativo, logístico, fiscal e tributário para despacho.
-Nota Fiscal de Exportação: essencial para a circulação da mercadoria do país de origem até o destino.
-Romaneio de Carga: documento de embarque descrevendo todos os elementos incluídos com a finalidade de facilitar a identificação e a localização dos produtos do lote.
-Carta de crédito: garante a regulação internacional do pagamento pela Câmara Internacional do Comércio e a intermediação de um ou mais bancos na segurança da transação.
-Conhecimento de Embarque: permite a posse da mercadoria conforme a emissão da permissão pela transportadora, além de oficializar a contratação do transporte, o recebimento da carga na origem e a posse do produto.
– Certificado de Origem: Utilizado, principalmente, para a concessão de preferência tarifária, este documento certifica a legalidade e os critérios de produção da mercadoria em sua origem.
-Apólice do Seguro de Transporte: protege o transportador de riscos como acidentes, roubos, entre outros.
É válido destacar que os documentos necessários pré embarque são Fatura Comercial, o Romaneio de Carga ou Packing List, a Nota fiscal de Exportação, o DU-E (Declaração de Exportação), o Certificado de Origem e o Conhecimento de embarque. Enquanto isso, no pós embarque, são requisitados a Fatura comercial, o Conhecimento de embarque, a Carta de crédito, a Fatura e o Apólice de seguro.
4. Cadastramento legal
É necessário se regularizar no Fisco, e na Sefaz do seu Estado, além da Jucerja (Junta Comercial, para assim conseguir se cadastrar no Registro de Habilitação no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR)
5. Estratégia de exportação
Por fim, para além das burocracias obrigatórias envolvidas para exportar, é interessante se estruturar estrategicamente. Logo, é altamente recomendável que se conheça a cultura de importação do país de destino, assim como a melhor rota e modal de transporte e possíveis incentivos fiscais, a fim de obter uma margem de lucro favorável.
Nesse sentido, a RI USP Jr. pode ajudar a sua empresa com tal planejamento estratégico através de nossas soluções, como a análise de mercado alvo, para compreender melhor a dinâmica de importação do seu destino de exportação e as variáveis estatísticas de inserção do seu produto nele. Ficou interessado ? Marque uma reunião com a gente. É 100% gratuita e sem compromisso!