Durante a década de 1990, as relações diplomáticas do Brasil com a China passaram a ser priorizadas. Na primeira década do século XXI, a China passou por um período de intenso crescimento econômico sustentado pela atividade industrial. Com a expansão da indústria, veio o aumento da necessidade por matérias primas, a qual foi suplantada em boa parte pela economia brasileira. Assim Brasil é um grande exportador para a china
Assim, exportar para a china foi se tornando cade vez mais atrativo. Em 2004, a China era o quarto maior parceiro comercial do Brasil, em 2008 passou para o terceiro lugar e em 2009 atingiu a primeira posição, na qual permanece até hoje. No primeiro trimestre de 2021, segundo dados do Ministério da Economia (ME), as exportações brasileiras para a China cresceram 28% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
DADOS DA RELAÇÃO COMERCIAL – O QUE O BRASIL EXPORTA?
As exportações brasileiras para a China atingiram o valor de US$ 27,1 bilhões no segundo trimestre de 2022, redução de 7,9% em relação ao segundo trimestre de 2021.
Os principais bens vendidos para a China no segundo trimestre de 2022 foram: soja, minério de ferro, petróleo bruto e carne bovina. Esses produtos foram responsáveis por 88% do valor das vendas nacionais para a China no trimestre em análise. A soja é o principal produto brasileiro exportado para a China, sendo também importante na pauta das exportações brasileiras para a Argentina e Estados Unidos, 3 maiores parceiros comerciais do país
Para além das commodities, existem outros produtos brasileiros que estão ganhando espaço no mercado chinês. Segundo dados do Conselho Empresarial Brasil-China, produtos farmacêuticos, açucares, café e produtos industriais e químicos figuram entre os produtos produzidos no Brasil com as maiores oportunidades de crescimento na pauta das exportações do país para a China.
Das regiões do Brasil, o Sul e o Sudeste são as regiões que apresentam maior força na questão de diversificação das exportações brasileiras para a China. Dos 431 produtos catalogados pelo Conselho Empresarial Brasil-China como oportunidade de expansão, 300 são produzidos principalmente nessas duas regiões do país.
Apesar de figurar como o maior parceiro comercial do Brasil, os dois países não possuem acordos bilatérias de comércio. Recentemente, foi anunciado que o exportador brasileiro poderá exportar para a China sem passar pelo dólar, ou seja, a conversão de moeda de realizará diretamente do real para o yuan(remimbi), o que reduz os custos cambiais da transação.
CONSUMIDOR CHINÊS – PERFIL DE COMPRA
O consumidor chinês tende a poupar uma grande parte do seus ganhos mensais (entre 20% e 40%), ou seja, o consumidor médio do país se priva de comprar certos produtos e certas quantidades de determinados produtos para poder conseguir poupar dinheiro.
Entretanto, esse efeito acaba por ser minimizado considerando-se que a China possuí uma classe média de mais de 300 milhões de pessoas e é o país com o maior número de bilionários e milionários do mundo.
Os chineses são consumidores que valorizam enormemente a estética do produto e principalmente a estética da embalagem que o acompanha. Principalmente tratando-se de produtos que podem ser usados como presentes, ter uma embalagem que consiga fortalecer a imagem do seu produto pode ser um diferencial para que ele se destaque entre os demais. É muito forte na cultura chinesa a questão da reputação perante o círculo social. Logo, escolher um presente como uma boa embalagem é essencial para zelar por essa reputação.
EXPORTANDO PARA CHINA
A exportação para o país asiático pode assumir 3 formatações distintas a depender do nível de envolvimento que o empresário brasileiro planeja manter sobre a comercialização do seu produto:
- Exportação para o cliente final
- Exportação com um intermediário chinês
- Exportação para uma “Limited Liability Company” de propriedade da empresa brasileira.
Exportação para o cliente final
É a modalidade na qual o empresário brasileiro vende seu produto diretamente para um comprador chinês habilitado pelo governo a importar mercadorias. Assim, é o empreendedor chinês que fica responsável pelo desembaraço aduaneiro no país, pela venda e pela distribuição do produto no território da China. Dessa forma, essa modalidade reduz a complexidade da operação para o empreendedor brasileiro.
O contato com empresas e empresários chineses envolvidos com operações dessa modalidade pode ser feito por meio de feiras, sites especializados, câmaras de comércio. A RI USP Jr. possuí um seviço focado em encontrar os melhores contatos que conseguiram alavancar suas exportação.
É nessa modalidade também que se enquadram as vendas por e-commerce. A China é o maior mercado de comércio eletrônico do mundo, que em 2021, gerou movimentações financeiras da ordem de 2,48 trilhões de dólares.
O “Cross-border E-commerce”, é uma opção para aqueles que desejam ter um envolvimento mínimo com o processo de exportação e importação para a China. Nele os custos de aduanas são terceirizados e embutidos no preço final do produto. Esse tipo de operação torna o valor do produto ao chegar ao consumidor final consideravelmente mais alto, o que pode reduzir a sua competitividade no mercado. O “Cross-border E-commerce” pode ser uma oportunidade de iniciar as vendas na China e testar estratégias as estratégias de mercado oferecidas pela RI USP Jr., até encontrar a com maior efetividade
Exportação com um intermediário chinês
Um parceiro de negócios chinês pode ser muito benéfico para ajudar nas primeiras exportações para o gigante asiático. Com ele, fica mais fácil transpor as barreiras culturais de costumes e linguística. Ademias, o parceiro normalmente possuí um conhecimento muito mais aprofundado que o empreendedor brasileiro das legislação tributária e dos canais de distribuição.
Aliar-se a um parceiro local vem com determinados custos e dificulta com que se tenha controle sobre o posicionamento da marca e contato com o cliente final. Assim, a adoção dessa modalidade deve ser analisada com cautela por um profissional com experiência de mercado, como a RI USP Jr.
Exportação para uma “Limited Liability Company” de propriedade da empresa brasileira.
Com essa modalidade, o empresário consegue abrir uma empresa brasileira em território chinês, permitindo um maior controle da marca e de seu posicionamento, bem como dos canais e pontos de venda. Essa opção acabar por ser a mais complexa das 3 e a mais ideal para quem pensa em realizar um investimento de longo prazo.
Exportação para uma “Limited Liability Company”permite também ao empreendedor registrar a propriedade intelectual do seu produto na China.
Abrir uma empresa brasileira na China é um processo caro e que demanda certo tempo, sendo aconselhado ao empresário procurar uma consultoria especializada no processo que irá orientar sobre a burocracia envolvida, o pagamento de impostos, contratação de trabalhadores, dentre outros aspectos.
AMBIENTE DE NEGÓCIOS
O governo chinês vem investindo pesadamente no aprimoramento do seu ambiente de negócios, tornando-o mais transparente, simplificado e atrativo para os investimentos estrangeiros. Apesar do impacto da pandemia, a tendência positiva de longo prazo do mercado consumidor da China não foi influenciada, tendências em digitalização, qualidade, personalização, diversificação estão em alta no país e devem ser levadas em conta por aqueles que desejam conquistar o mercado chinês.
Investir em setores que contam com o apoio do Governo, como consumo doméstico, tecnologia e transição energética mostra-se uma estratégia inteligente, pois permite beneficiar-se de políticas governamentais que podem impulsionar seus negócios no país. As características do sistema político chinês fazem com que entrar em setores que contam com incentivos do governo seja ainda mais estratégico do que em outros países
CONCLUSÃO: O FUTURO DA RELAÇÃO
As projeções indicam que, apesar da redução da taxa de crescimento do PIB, a economia chinesa continuará crescendo a taxas razoavelmente elevados nos próximos anos. Segundo projeções de analistas, a China superará os Estados Unidos no inicio da década de 2030, tornando-se a maior economia do mundo.
Nesse sentido, a China é e continuará sendo um grande mercado para os produtos do Brasil, havendo espaço especialmente para produtos específicos do Brasil que não são encontrados na China facilmente, como o açaí, a cachaça e as carnes bovinas. Além disso, a tendência de crescimento chinês vem acompanhada do aumento dos investimentos do país no exterior. Os investimentos da China no Brasil já representam uma boa parte do total de investimentos que o país recebe, sendo estes concentrados no setor primário majoritariamente. Entretanto, em anos recentes, esse investimento também se estendeu ao setor de tecnologia.
Concluí-se que exportar para a China pode ser a oportunidade capaz de transformar o seu negócio, claro, se você contar com o parceiro certo, que possuí mais de 15 anos de experiência.