Neste artigo, adentramos nesse mundo interessante da exportação de bebidas, conhecendo os bens mais exportados do setor, os certificados exigidos e riscos para esse processo e as oportunidades que surgem ao levar essas bebidas de terras distantes para os paladares dos novos consumidores.
A indústria de bebidas é uma indústria vibrante e dinâmica, onde diferentes sabores, aromas e tradições se unem para criar uma experiência sensorial única. No entanto, a busca por novidades e a procura por produtos de alta qualidade têm levado os consumidores a expandir as vendas além de suas fronteiras, abrindo portas para a importação de bebidas de diversas partes do mundo.
Se você é um entusiasta das bebidas, um empreendedor em busca de oportunidades internacionais ou simplesmente um curioso sobre como funciona o processo de exportação de bebidas, leia até o final.
Tipos de Bebidas mais exportadas do Brasil
O Brasil é um país que possui uma ampla variedade de bebidas exportadas. Alguns dos tipos de bebidas mais exportadas pelo Brasil são:
- Café: O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, com uma vasta variedade de grãos e perfis de sabores. Em 2022, o país bateu recorde de receita com as vendas externas do produto. Segundo a Cecafé – Conselho dos Exportadores do Café do Brasil -, houve um aumento de 46,9% no valor em relação ao de 2021, sendo o do ano seguinte de US$ 9,23 bilhões.
- Suco de laranja: A exportação de suco de laranja é uma das atividades mais importantes do setor de bebidas brasileiro. O país é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de suco de laranja e possui uma indústria integrada reconhecida pela qualidade e sabor de seus produtos. Em relação ao primeiro trimestre da safra 2022/2023, a exportação do suco de laranja obteve uma alta de 3,24%, faturando US$520 milhões.
- Cachaça: Ficando atrás apenas da cerveja no Queridômetro dos brasileiros, a cachaça vem conquistando o seu espaço no mercado internacional. Em 2021, a bebida bateu recorde de exportação do setor nos últimos doze anos. E em 2022 cresceu ainda mais, sendo exportada para 75 países e tendo um aumento de 52,3% em relação a 2021, tendo um faturamento de US$20,08 milhões.
- Vinho: Outra bebida que bateu recordes em 2021 foi o vinho. Com 6,3 milhões de litros vendidos até setembro desse mesmo ano, a bebida teve um aumento no volume exportado de 84% em relação ao mesmo período no ano anterior. Os cinco principais destinos da bebida junto com espumantes são: Paraguai, Estados Unidos, Japão, China e Reino Unido.
- Cervejas e Chopes: a bebida que não pode faltar nos bares brasileiros é ela, a cerveja. Os chopes não ficam muito atrás no coração do brasileiro, e vem conquistando o mercado lá fora. Eles são os principais bens exportados no setor de bebidas alcoólicas, ficando responsáveis por 64,8% do valor exportado no setor em 2018.
Taxações
As taxas de exportação para bebidas podem variar significativamente de um país para outro e dependem de vários fatores, como o tipo de bebida, o volume exportado, o destino da exportação e as políticas comerciais de cada país. Além disso, as taxas de exportação podem estar sujeitas a alterações ao longo do tempo devido a mudanças nas políticas comerciais e tributárias. E para te ajudar nessa etapa do processo de internacionalização, a RI USP Jr. oferece a Análise Tributária, uma pesquisa dos impostos necessários para que sejam realizadas a importação ou a exportação de produtos pré-estabelecidos pelo cliente.
Os direitos aduaneiros na Europa, por exemplo, são impostos a nível da associação Europeia, no âmbito da Pauta Aduaneira Habitual, aplicável quando um produto provém de fora da União Europeia. Assim, os preços são iguais para todos os países variando apenas de acordo com o tipo de produto. Aos produtos aplicam-se as tarifas aduaneiras aplicáveis a países terceiros (tarifa Erga Omnes), aplicável uniformemente a todos os países e, mediante apresentação de certificado de origem, a tarifa de integração na nomenclatura aduaneira europeia. Os direitos aduaneiros aplicam-se à importação de bebidas, especialmente bebidas alcoólicas.
De acordo com as regras europeias para efeitos fiscais, as bebidas alcoólicas são bebidas com um teor alcoólico superior a 1,2 %, com exceção da cerveja, em que 0,5 % em volume é suficiente. A quantidade de álcool tem um impacto direto no sistema alfandegário aplicável.
Com efeito, aplicam-se taxas de imposto diferenciadas às bebidas alcoólicas, que figuram descontos no consumo de um produto ( “Taux d’accises”). Cada país da União Europeia é livre de definir a tarifa que mais lhe convém. No que diz respeito às bebidas não alcoólicas sem açúcar, bem como às bebidas não alcoólicas com adição de açúcar da posição, um direito aduaneiro levanta omnes e uma taxa de integração na nomenclatura tarifária de 9,6 %, mais uma taxa de acesso de 5,5 % para as exportações brasileiras ao mercado europeu 39 sobre o valor agregado, além de uma taxa diferenciada de € 0,54 / hl. Além disso, as bebidas energéticos estão sujeitas a uma taxa adicional de “Contribuição para bebidas energéticos” de € 102,6 / hl.
Certificações
Para garantir que a sua bebida possui os requisitos necessários para a exportação, é preciso os certificados para exportação de bebidas, fermentados acéticos, vinhos e derivados da uva e do vinho, que alegam que o produto brasileiro a ser exportado é registrado no MAPA.
Os certificados emitidos pelo Governo do Brasil são:
- Certificado de Origem;
- Certificado de Livre Venda;
- Certificado de Exportação para a China;
- Certificado de Exportação para a comunidade Europeia:
- Certificado de Exportação para o Marrocos.
O serviço de Análise Burocrática garante acesso esses e todos os outros documentos necessário para o seu processo de exportação/importações sem que você precise se precupar. Agende agora uma reunião de diagnóstico para conhecer valores.
Riscos da Exportação
A exportação de bebidas pode envolver uma série de riscos e é importante estar ciente deles ao iniciar um negócio de exportação neste setor. Embora seja imprescindível uma Análise de Risco para esse processo, uma vez que as adversidades encontradas podem variar de acordo com o país de destino do seu produto. Dentre os fatores a serem observados, destaca-se:
Regulamentos e restrições: Cada país possui regulamentações específicas quanto à importação de bebidas, tais como: Requisitos de Rotulagem, Certificações de Qualidade e Restrições de Importação. Entender e cumprir essas normas é importante para evitar problemas legais e aduaneiros.
Instabilidade política e econômica: A instabilidade política ou econômica em um país pode afetar adversamente as exportações de bebidas. Mudanças nas políticas comerciais, flutuações cambiais, tarifas e restrições comerciais podem afetar adversamente as transações internacionais.
Logística e transporte: A exportação de bebidas requer uma logística adequada para garantir que a mercadoria chegue ao destino final em condições. Questões como danos, atrasos ou itens perdidos em trânsito podem levar a danos financeiros e de reputação.
Concorrência no mercado internacional: O mercado internacional de bebidas é altamente competitivo. É importante pesquisar e entender os concorrentes em potencial, identificar os diferenciais do produto e desenvolver estratégias de marketing eficazes para se diferenciar no mercado.
Mudando as preferências do consumidor: As preferências do consumidor podem variar de acordo com o país. É importante entender as tendências e preferências do consumidor de seu mercado-alvo e ajustar seus produtos e estratégias de marketing de acordo.
Risco financeiro: A exportação é uma transação financeira internacional e os exportadores podem estar expostos a riscos cambiais, flutuações cambiais e questões relacionadas a pagamentos internacionais.
Oportunidades
A curiosidade do consumidor por novas culturas e a busca por produtos exclusivos e autênticos aumentaram a importância da importação de bebidas nos últimos anos e, consequentemente, da exportação das mesmas. Essa tendência acompanha o crescente interesse de empresários e varejistas em busca de oportunidades de negócios no mercado internacional de bebidas. Aqui estão algumas oportunidades presentes no setor no cenário internacional atualmente:
Bebidas quentes nos Emirados Árabes: A Euromonitor produziu um estudo de mercado para bebidas quentes na região e a bebida que mais vende lá é o café. A posição geográfica dos Emirados Árabes Unidos é de importância estratégica para a região, O país é um centro de reexportação para outros países, com bens como café e chá. O país possui excelente infraestrutura que facilita a distribuição dos produtos para outras localidades da região, além de sua economia ser muito aberta ao comércio internacional.
Cachaça: Em 2021, o Anuário da cachaça mapeou os países que mais importam a bebida brasileira: em primeiro lugar temos o Paraguai, que exportou 1,631 milhão de litros da bebida; com um pouco menos a Alemanha ocupa o segundo lugar com 1,630 milhão; e em terceiro está os Estados Unidos, com 903,7 mil litros.
As exportações de bebidas são, portanto, um caminho promissor para fabricantes e empresários do setor. Um profundo conhecimento dos tipos de bebidas mais comumente exportados, certificações exigidas, taxas associadas, riscos e oportunidades permitirão que você desenvolva uma estratégia sólida e vencedora neste mercado altamente competitivo. Ao alavancar a qualidade, confiabilidade e diversidade de seus produtos, as empresas podem abrir as portas para novas experiências sensoriais e alcançar um público global ávido por novidades e sabores únicos.
Gostou de conhecer o setor de bebidas na exportação? Quer saber o passo a passo de como realizar esse processo? Leia o passo a passo da exportação em nosso blog e entre em contato conosco para saber mais sobre a internacionalização do seu produto e como podemos te ajudar a obter uma experiência de sucesso.
