Passados os seis primeiros meses de 2023, são naturais as perguntas e estimativas acerca da conjuntura econômica e comercial do país e do cenário global. Muito questiona-se sobre novas medidas de um governo, de novos acordos, das mudanças e das permanências que influenciam diretamente na economia e comércio vigentes. Partindo desse pressuposto, esse post foi pensado justamente para tirar as dúvidas mais frequentes e indicar oportunidades e desafios para exportar e importar nesse primeiro semestre. Então, se você tem interesse em se aprofundar nesses tópicos, continue conosco!
Panorama geral da economia para exportar e importar
É inegável que o primeiro semestre de 2023 apresentou diversas incertezas ao comércio exterior. O Brasil enfrentou um mercado cauteloso, o qual tateou quais seriam as principais ações diante de um novo governo e das ordens de compra congeladas. Concomitantemente a esse cenário, no meio internacional, foi perceptível um alto estoque das indústrias revelando uma retração das exportações.
Tais fenômenos não podem ser explicados sem a contextualização brasileira e internacional. No Brasil, desde o último trimestre de 2022, observa-se uma ampla desaceleração da atividade econômica, em conformidade com indicadores setoriais. Essa tendência persistiu nos primeiros meses de 2023, com sinais de abatimento no mercado de trabalho, como um leve aumento na taxa de desocupação, o que refletiu na perda de dinamismo na população empregada. Ademais, a ascensão de um novo governo também representou um certo receio e recuo dos investimentos do mercado no primeiro instante, posto as incertezas acerca das possíveis medidas de tal governo.
Internacionalmente, destacam-se as crises econômicas geradas, tanto em consequência da pandemia da COVID-19, quanto da Guerra na Ucrânia e outros conflitos vigentes.
Desafios
Assim, é evidente que as conjunturas global e nacional tem enfrentado alguns impasses, tais quais:
Nacionalmente:
- Complexidade do sistema tributário
- Precariedade logística
- Dificuldades com infraestrutura
- Nova gestão governamental: gerou diversas incertezas ao governo, tais que representaram um certo receio e recuo dos investimentos do mercado no início.
Internacionalmente:
- Tensões geopolíticas entre EUA e China: afetam a balança comercial brasileira e o preço dos commodities.
- Conflitos armados: a Guerra na Ucrânia ameaça o fornecimento de commodities, os valores provenientes dos desafios impostos pelas sanções internacionais e da falta de abastecimento de alguns mercados, foram, portanto, repassados ao cliente final com o aumento dos preços dos produtos importados.
- Crise econômica gerada pela pandemia da COVID-19
- Redução do comércio estrutural internacional segundo as organizações internacionais
Oportunidades
Entretanto, o país não enfrenta apenas desafios, e algumas tendências podem ser aproveitadas como oportunidade:
- Alta de commodities: Continuarão a ser os principais produtos exportados pelo mercado brasileiro, com crescimento das vendas de trigo, centeio, arroz e milho.
- Relações com a China: Há expectativa de aumento do nível dos fretes em função da alta temporada na China, momento em que as ordens de compra são colocadas para abastecer fábricas e o varejo para as compras de fim de ano.
- Novos acordos comerciais: restabelecimento de relações comerciais com o Mercosul e com a União Europeia.
- Aceleração das reformas estruturais: que visam principalmente a redução do Custo Brasil para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros.
- Novos processos de importação: retomada do Portal Único de Comércio Exterior, com a entrada do Novo Processo de Importação (NPI), minimizando a burocracia alfandegária e aduaneira, vai aumentar a velocidade da liberação de novos processos.
- Práticas ESG (Environmental, Social and Governance): Práticas ambientais e sociais no governo de uma organização que são valorizadas no contorno da crise atualmente.
O que esperar?
Por motivos de conflitos diversos entre nações, somados aos resquícios da crise pandêmica da COVID-19, é válido esperar que a economia mundial não seja perfeitamente promissora nos próximos anos. Sabe-se também que o novo governo brasileiro irá coincidir com um cenário internacional bastante desaquecido e precisará implementar esforços para suscitar números satisfatórios. Entretanto, com tais esforços devidamente direcionados, é possível visualizar um cenário de crescimento econômico e comercial no país.
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