Dotados de uma das melhores redes de transportes viários, fluviais e aéreos da Europa, os Países Baixos dispõem do maior porto do mundo, Rotterdam, através do qual as importações ao país chegam, sendo posteriormente distribuídas para o interior e para o restante da Europa. Assim, começar a exportar para os Países Baixos pode ser a porta de entrada para avançar sobre todo o mercado europeu.
Os Países Baixos são caracterizados por apresentarem uma agricultura pequena, porém altamente eficiente, um grande setor industrial e um amplo setor de serviços.
Seu sistema alfandegário está dirigido para a facilitação das operações de exportação e importação pelas empresas. Impõe-se apenas um número mínimo de regulamentos para garantir segurança e qualidade ao processo.
Ademais, os indicadores macroeconômicos mostram uma economia saudável, com um PIB per capita que se destaca entre os maiores da Europa, indicando uma população com um bom poder de compra e avida por produtos diferentes daqueles normalmente encontrados nas prateleiras. É nesse ponto que os produtos brasileiros se destacam.
O mercado dos Países Baixos
Com uma população passando por um processo de envelhecimento, cerca de 20% da população dos Países Baixos possuí mais de 65 anos, o que torna o país facilmente abocanhado por empreendedores que possuem produtos focados para esse público-alvo.
Estima-se que 8,5% da população do país seja composta por imigrantes de países de fora da União Europeia. Apesar da taxa de natalidade do país estar decrescendo, o número de habitantes está aumentando devido a imigração.
Os consumidores holandeses vêm se tornando mais conscientes com relação aos produtos que escolhem comprar, principalmente os produtos alimentícios. Os focos nesta tendência são três: a qualidade dos alimentos, o impacto da sua produção no meio ambiente e a responsabilidade social da cadeia produtiva.
Tal tendência se manifesta na preferência por produtos veganos e a base de soja como substitutos para a carne, bem como a preferência por empresas que comprovem uma produção livre de trabalho em condições degradantes. Fornecedores brasileiros que se encaixem nessas exigências podem se beneficiar, conquistando os corações dos consumidores do país.
ESTRATÉGIAS DE ENTRADA – COMEÇANDO A EXPORTAR PARA OS PAÍSES BAIXOS
Apesar do comércio online ter crescido nos últimos anos nos Países Baixos, por conta de aspectos tributários, administrativos e financeiros, esta opção só está disponível a empresas dispostas a investir na abertura de sucursal nos Países Baixos.
Adaptações no produto podem ser necessárias para adequá-lo a esse novo mercado, com normas técnicas específicas com relação a rótulo, certificação de origem, dentre outros.
É preciso se atentar também a aspectos culturais com relação as escolhas de produtos que se consomem. Os hábitos alimentares, tipos de vestimentas e questões relacionadas ao clima que não fazem parte da realidade brasileira devem ser levadas em consideração.
Ressalta-se que para obter uma estratégia de entrada efetiva, seja nos Países Baixos, seja em outro mercado, é necessário ter um nível de personalização para o seu produto e objetivos. Pesando nisso, a RI USP Jr. tem um portfólio desenhado para atender as suas necessidades na área de COMEX, seja elas quais forem. Agende uma reunião de diagnóstico gratuita e sem compromisso.
ACORDOS DE COMÉRCIO
Considerando-se que tanto o Brasil quanto os Países Baixos fazem parte de acordos regionais de cooperação (Mercosul e União Europeia) as negociações entre os países são feitas pelos respectivos blocos, o que acaba por garantir um maior nível de cooperação entre as duas nações.
Atualmente, o Mercosul e a União Europeia não possuem nenhum acordo comercial em vigor. Entretanto, existe um acordo que é fruto de mais de 20 anos de negociação entre os dois blocos que está em fase final de negociação para ser implementado.
No momento, os textos do acordo estão submetidos ao processo de revisão jurídica, chamado ”legal scrubbing”. Concluída essa etapa, os textos estarão prontos para sua assinatura formal.
O governo brasileiro estima que, se posto em prática, o acordo representaria um incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas as reduções das barreiras não-tarifárias. O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, seria da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentariam quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.
O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, seria da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentariam quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.
O acordo mais importante e de caráter bilateral entre o Brasil e os Países Baixos é de caráter tributário, cujo nome completo é “Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Imposto sobre a Renda”, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Reino dos Países Baixos.
O acordo centra-se em facilitar as relações comerciais entre os dois países. Ele estabelece que dividendos, juros e royalties auferidos no Brasil se sujeitos ao IRRF no país podem estar sujeitos tanto à isenção quanto a um crédito de tributo nos Países Baixos.
CONCLUSÃO
Em suma, os Países Baixos apresentam-se como uma excelente porta de entrada para o mercado europeu. Se feita com o auxílio de um profissional, como o time da RI USP Jr., essa expansão pode alavancar um negócio para outro patamar. Confira nossas soluções de COMEX