As variações do dólar são influenciadas por uma combinação de fatores interligados, como alterações na taxa de juros, expectativas econômicas, eventos políticos, dinâmica do comércio internacional, ações de investidores, especuladores nos mercados de câmbio, além de acontecimentos globais significativos. A flutuação do dólar, portanto, não é um fenômeno isolado, mas resultado de complexo conjunto de fatores que afetam tanto mercados internos quanto externos, com impactos abrangentes em diversas economias ao redor do globo. Logo, este artigo tem o intuito de expor os impactos do aumento do dólar na economia nacional.
Impacto do iene
O Japão é conhecido pelo seu histórico de juros baixos, sendo que por muito tempo apresentou taxa de juros negativa, ou seja estava em deflação, que caracteriza a diminuição dos preços da economia em média. Assim, o recente aumento da taxa de juros no Japão de 0,1% para 0,25% provocou instabilidade doméstica e uma série de oscilações no mercado global, afetando diretamente várias moedas, dentre elas o real brasileiro e o dólar norte-americano. Atualmente, com a taxa Selic estabelecida em 10,50%, o Brasil viu impactos significativos, especialmente no contexto das operações de carry trade.
O que é carry trade?
Investidores tomam empréstimos em moedas com juros baixos, como o iene, para investir em países com taxas mais altas, como o real brasileiro, o dólar americano; a libra esterlina. A diferença de investimentos, o lucro, é o carry trade. Com a valorização do iene, empresas começam a cair, aumentam o preço e por conseguinte ocorre a venda de ações, devido ao aumento de juros. Nessa situação, devido a menor diferença de investimentos e consequente menor lucro, talvez o carry trade não seja a melhor opção. Ademais, a instabilidade gerada por essa mudança se refletiu no mercado de ações japonês, onde o Nikkei, principal índice da Bolsa de Tóquio, sofreu desvalorização de 12,4%.
Assim, muitos investidores, na busca de uma moeda mais estável, venderam seus investimentos da bolsa brasileira e investiram em dólares – moeda mais estável que, de acordo com o Banco Central dos Estados Unidos (FED), está com taxa de juros de 5,25% e 5,50% – em sua maioria para efetuar o pagamento de seus empréstimos no Banco Central do Japão (BoJ). Essa conjuntura ilustra como as políticas monetárias de uma economia podem reverberar de maneira ampla, influenciando mercados e economias. Para saber mais sobre o mercado internacional acesse este link.
Como isso afeta a economia brasileira?
A economia brasileira sofre diretamente quando há incertezas fiscais. Nesse sentido, investidores buscam refúgio em moedas mais estáveis, como o dólar, o qual teve queda em relação ao iene, mas elevou em relação ao real brasileiro. Essa movimentação faz com que o dólar se valorize, tal como em agosto de 2024 o qual alcançou R$5,75, enquanto o real perde força. O impacto é sentido no bolso dos brasileiros: produtos importados, eletrônicos e gasolina ficam mais caros, e investir no exterior se torna um desafio. É um ciclo onde a instabilidade fiscal desencadeia uma série de aumento de custo, afetando tanto a cesta do consumidor, quanto os investimentos no país.
No entanto, ao enfatizar as oscilações cambiais no final de agosto de 2024 o dólar americano apresentou declínio frente ao real brasileiro por questões internacionais,o qual segue uma tendência influenciada pelo anúncio do presidente do FED, Jerome Powell, sobre a iminente desinflação nos EUA, o que pode levar à redução dos juros.
Com tantas oscilações, a expansão de seus empreendimentos necessita maximizar seus lucros e sua segurança. Conte com o apoio de quem atua há mais de 15 anos no mercado: contate a RI USP Jr. para que a flutuação econômica não seja um obstáculo para os seus empreendimentos.
