O impacto do COVID-19 nas exportações e importações brasileiras

Desde que o novo Coronavírus chamou a atenção das autoridades em Wuhan, capital da província central chinesa, especialistas já especulavam sobre os possíveis impactos da então epidemia no comércio exterior. Após 8 meses e com o avanço da pandemia no Brasil, as exportações sofrem com a falta de suprimentos e com a desaceleração da economia.

Impacto economico, desaceleração da economia devido ao novo Coronavírus

Paralisação da indústria

Sobretudo durante os meses de janeiro e fevereiro, as fábricas e comércios chineses paralisaram suas atividades , obedecendo às medidas de restrição local. A maior economia de exportação mundial viu sua produção industrial cair para patamares semelhantes ao comparativo anual de 1990. Como resultado, o Brasil enfrenta a falta de contêineres vazios para a exportação, além do desabastecimento de produtos manufaturados importados da China, como eletrodomésticos.

A produção e exportação nacional seguem a tendência do gigante asiático. A economia brasileira, que já enfrentava uma crise econômica, também teve de frear suas atividades em decorrência do isolamento social. A oferta de produtos para a exportação caiu, impactando ainda mais a economia internacional que sofre com a diminuição da demanda de exportação em determinados setores.

Setores mais afetados

Como mencionado, o setor de eletrônicos brasileiro enfrenta a problemática do desabastecimento, sendo a China o principal fornecedor de componentes e insumos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), 70% das empresas brasileiras de eletrônicos enfrentam problemas de abastecimento.

No que se refere a exportação Brasileira, A venda de bens de alta complexidade diminuíram consideravelmente. A queda no setor automobilístico destaca- se com uma diminuição de 28% na produtividade das montadoras. Outros segmentos que sofreram com os impactos do Covid-19 foram a confecção de roupas e acessórios (-37,8%), artigos para viagem e calçados (-31,5%), produtos de borracha e plástico (-12,5%) e de máquinas de equipamentos (-9,51%).

Para o setor agropecuário, os índices são mais animadores. Por se classificar em bens indispensáveis, os produtores rurais conseguiram contornar a crise, mantendo a oferta e a demanda. O país bate recorde em exportação dos produtos agropecuários, entre eles a soja, a carne e o algodão.

Perspectivas

As expectativas para o comércio exterior brasileiro são negativas. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que a queda nas exportações provocada pela pandemia irão variar entre 11% a 20%. 

As previsões para a economia mundial também não são melhores. Com estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) global recuando 3%, o futuro acaba de ser traçado como um dos piores cenários desde a Grande Depressão. A OMS indica possível recuperação somente para 2021. Como resposta dos países diante a recessão, especialistas alertam para um aumento do protecionismo, além da possível migração de capital de investimento para economias de menor risco.

Pra saber um pouco mais sobre as consequências da pandemia, participe do nosso evento IX RI em Debate: Coronavírus, o impacto nas Relações Internacionais e nas minorias sociais

A RI USP Jr. reforça a necessidade do distanciamento social, quem puder #ficaemcasa.

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